O que fez Platão foi formular a distinção entre o
saber exterior, emprestado, pregado à consciência, porém exterior a ela, sem
penetrá-la, sem estruturá-la, saber de pedantes, aparência de saber, alucinação
de saber, falsa erudição, e um saber interior, nascido da própria pessoa,
constituído paralelamente ao próprio amadurecimento da consciência, no qual a
erudição, quando existe, não é mais do que o subproduto natural de um saber que
está orientado à formação da alma.
Um saber que não serve à formação é aquele com o
qual se mantém uma relação exterior ou, em outras palavras, um saber que se
aprende, no qual se adquire algo que antes não se possuía, mas aquilo que é
adquirido se apresenta como pregado, sem perpassar a consciência, sem
constituí-la, sem estruturá-la ou modificá-la, mas sempre exterior a ela, sem
relação alguma com aquele que sabe um saber deslocado de quem sabe, um saber
que produz pedantes, quiçá eruditos, porém não pessoas educadas em uma relação
viva e constituinte com o saber.
As operações filosóficas de regulamentação e de
reforma do saber encontram-se intimamente relacionadas com esse otimismo
socrático que Nietzsche diagnosticou em O nascimento da tragédia e
que se poderia considerar como o fundamento desse avanço racionalista
constitutivo do nosso sentido comum.
O otimismo socrático
consiste em certa moralização do saber, impulsionada pela confiança na
inteligibilidade da existência e na possibilidade de sua reforma. O
que o Filósofo sustenta é a possibilidade de mudá-lo.
A tese de Nietzsche parece ser que a de que a
operação socrático-platônica abre a época em que ainda vivemos como o tempo da
pedagogia, isto é, como a quadra caracterizada por um desígnio otimista e
progressivo em relação à existência, e onde a regulamentação, a reforma e a
transmissão do saber seriam seus instrumentos essenciais.
Tal desígnio não é outra coisa que a convicção de
que o saber “é capaz não só de conhecer, mas de corrigir o ser” e na crença de
que o conhecimento “tem a força de uma medicina universal”.
“A educação, para Aristóteles, é um caminho para a
vida pública”. Cabe à educação a formação do caráter do aluno. Perseguir a
virtude significaria, em todas as atitudes, buscar o “justo meio”. A prudência
e a sensatez se encontrariam no meio-termo, ou medida justa – “o que não é
demais nem muito pouco”, afirma Aristóteles.
Um dos fundamentos do pensamento aristotélico é que
todas as coisas têm uma finalidade. É isso que, segundo o filósofo, leva todos
os seres vivos a se desenvolver de um estado de imperfeição (semente ou
embrião) a outro de perfeição (correspondente ao estágio de maturidade e
reprodução). Nem todos os seres conseguem ou têm oportunidade de cumprir o
ciclo em sua plenitude, porém. Por ter potencialidades múltiplas, o ser humano
só será feliz e dará sua melhor contribuição ao mundo se desfrutar das
condições necessárias para desenvolver o talento. A organização social e
política, em geral, e a educação, em particular, têm a responsabilidade de
fornecer essas condições.
Aristóteles achava que todas as nossas ideias e pensamentos tinham entrado em nossa consciência através do que víamos e ouvíamos. Mas nós também temos uma razão inata. Temos uma capacidade inata de ordenar em diferentes grupos e classes todas as nossas impressões sensoriais. É assim que surgem conceitos como os de pedra, planta, animal e homem. Para ele a razão era precisamente a característica mais importante do homem. Só que nossa razão permanece totalmente "vazia" enquanto não percebemos nada.
ResponderExcluirNas críticas e elogios realizados por outros pensadores no decorrer do tempo com a intenção de levar o leitor à reflexão acerca da catastrófica política de educação adotada no país, que conduziu principalmente a educação pública para a beira de um abismo, já que os interesses de poucos sobrepõem os da maioria, além de ser marcado o descaso e corrupção que acontece em nossso país. Para Aristóteles, entendia que nossas ideias e pensamentos tinham entrado em nossa consciência por meio do que enxergavamos e ouvíamos, mas o homem tem uma razão inata. Uma capacidade de ordenar em diferentes grupos e classes todas as nossas impressões sensoriais. Para ele a razão era a característica importante do homem.
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